Cinfães
A Igreja de Escamarão enquadra-se no conjunto de templos edificados segundo os modelos do chamado gótico rural.
Apesar do aspeto maciço das suas paredes, rasgadas por estreitas frestas, os portais não têm colunas nem tímpanos e as suas arquivoltas assentam diretamente sobre os pés-direitos.
Destaca-se, na cabeceira, a janela já de expressão gótica, embora decorada com motivos de pérolas de cariz românico.
Por outro lado, a inscrição que se encontra ao lado do portal principal (1385) poderá assinalar o ano de conclusão desta obra, subsidiária do poderoso Mosteiro de Alpendorada (Marco de Canaveses).
Todavia, o interior foi profundamente alterado a partir do século XVII, sendo resultado das transformações que advieram do período da Reforma Católica, nomeadamente pela introdução do gosto barroco, estilo em que se enquadra o retábulo-mor [altar principal].
Este ostenta, ainda, ao centro do remate, as armas da Ordem Beneditina, símbolo da presença de Alpendorada em Escamarão.
Do século XVI seria uma pintura mural existente na nave desta Igreja (eliminada no princípio do século XX) e os frontais azulejares mudéjar dos altares colaterais da nave, cujo padrão é conhecido por “tapete”.
Tipologia: Igreja
Classificação: Imóvel de Interesse Público – 1950
Percurso: Vale do Douro
1121-1143 - Durante o abaciado de D. Pedro, Vila Meã entrou para a esfera do domínio temporal de Pendorada;
1258 - Pertença do Mosteiro de São João de Alpendorada, o couto de Vila Meã fora doado por D. Afonso Henriques a Sarracino Mendes, o Espinha;
Século XIV - Edificação da Igreja de Nossa Senhora da Natividade de Escamarão;
1385 - Data da inscrição da fachada principal da Igreja;
Século XVI (1.ª metade) - Azulejos mudéjares dos frontais dos altares colaterais da nave;
1527 - O couto de Vila Meã surge integrado no julgado de termos de Sanfins;
Século XVIII (1.ª metade) - Conceção do retábulo-mor;
1752, abril, 30 - Douramento do retábulo-mor e intervenção na imagem de São Bento, proveniente do Mosteiro de Alpendorada;
1755, maio, 23 - Ordena-se que se arranjem os azulejos em falta dos frontais dos altares colaterais da nave;
1784, maio, 28 - Numa visitação feita pelo abade de Freigil, o Doutor João Batista Pereira, alude-se ao estado de abandono em que se encontra a Igreja;
1788, abril, 29 - Os Visitadores continuam a considerar a Igreja de Escamarão em estado de abandono;
1814, julho, 26 - Alude-se aos melhoramentos sentidos no interior da Igreja;
1944 - Abertura do processo de classificação da Igreja de Escamarão, por Armando de Mattos;
1950 - Classificação da Igreja como Imóvel de Interesse Público;
Anos 60 - Realização de diversas obras de conservação na Igreja a expensas da Comissão Fabriqueira local;
1974 - Obras de restauro;
2010 - Integração da Igreja de Nossa Senhora da Natividade de Escamarão na Rota do Românico;
2014-2015 - Conservação geral do exterior e do interior da Igreja, no âmbito da Rota do Românico.
Nossa Senhora da Natividade – 8 de setembro
Por marcação
Sábado - 19h
Monumento acessível, total ou parcialmente, a visitantes com mobilidade reduzida.
+351 255 810 706
+351 918 116 488
visitasrr@valsousa.pt
Como chegar:
41,066016, -8,257068
Rua de S. Miguel, Escamarão, Souselo, Cinfães, Viseu
Se vem do Norte de Portugal através da A28 (Porto), da A3 (Porto), da A24 (Chaves/Viseu), da A7 (Póvoa de Varzim) ou da A11 (Esposende/Marco de Canaveses) siga na direção da A4 (Bragança/Matosinhos) e saia para Entre-os-Rios/Penafiel Sul. Vire para Penafiel e siga depois para Entre-os-Rios. Cruze o rio Douro e rume a Cinfães, seguindo depois a sinalização da Igreja de Escamarão.
A partir do Porto opte pela A4 (Vila Real). Saia para Entre-os-Rios/Penafiel Sul. Vire para Penafiel, siga para Entre-os-Rios e depois para Cinfães.
Se vem do Centro ou Sul de Portugal pela A1 (Porto) ou pela A29 (V.N. Gaia), saia para a A41 CREP (Vila Real). Saia no nó de Medas e rume a Entre-os-Rios (Penafiel) pela N108. Siga depois na direção de Cinfães.
Se já se encontra na vila de Cinfães, siga na direção de Castelo de Paiva, pela N222, até à Igreja de Escamarão.