Marco de Canaveses
Soalhães foi um território particularmente cobiçado pela nobreza medieval.
A importância da terra ditou que os seus senhores tomassem o topónimo para seu apelido, como no caso de D. João Martins, chamado de Soalhães, bispo de Lisboa e arcebispo de Braga.
Todavia, são poucos os vestígios românicos deixados à vista pela profunda intervenção realizada na Igreja no século XVIII.
O seu portal principal, datável já do século XIV, mostra uma organização protogótica, confirmada pela ausência de tímpano e pelo cariz naturalista dos seus capitéis.
Muito embora o óculo do portal tenha recebido um arranjo durante a intervenção setecentista, a verdade é que tal não aconteceu no interior onde ainda hoje apreciamos uma moldura pontuada por pérolas, motivo muito disseminado pela arquitetura românica das bacias do Douro e Tâmega.
No interior, um túmulo do século XIII ou XIV, abrigado por arcossólio na capela-mor, do lado direito, coabita com uma profusão de cores e materiais que testemunham um investimento algo excêntrico em painéis azulejares, de madeira em médio relevo policromados, e na ornamentação da talha que vai além dos próprios retábulos [altares].
Tipologia: Igreja
Classificação: Monumento Nacional – 1977
Percurso: Vale do Tâmega
875 - Referência à basílica de São Martinho;
1120 - Referência ao mosteiro de Soalhães;
Sécs. XIII (finais) ou XIV (inícios) - Data provável da reedificação da Igreja de Soalhães, com base nos vestígios românicos remanescentes;
1304 - Instituição do morgadio de Soalhães;
1320 - Soalhães, juntamente com Mesquinhata e Santa Cruz são taxadas em 400 libras;
1514, julho, 15 - Data do foral de Soalhães;
1733 - Data que assinala as reformas na estrutura e património integrado da Igreja (assinalada no coro alto);
1740-50 - Cronologia provável para a campanha azulejar da nave da Igreja de Soalhães;
1977 - Classificação da Igreja de Soalhães como Monumento Nacional (decreto n.º 129). Esta classificação incluía apenas os elementos românicos;
1980, março, 26 - Despacho de alargamento do âmbito de classificação da Igreja de Soalhães contemplado pelo decreto n.º 129 de 1977;
1997, dezembro, 31 - Decreto estabelecendo uma nova redação à designação oficial da Igreja;
2010 - Integração da Igreja de São Martinho de Soalhães na Rota do Românico;
2017-2018 - Restauro dos revestimentos azulejares, talhas e esculturas da nave, e conservação das coberturas, no âmbito da Rota do Românico.
São Martinho – 11 de novembro
Por marcação
Sábado - 17h30; domingo - 8h30
Monumento acessível, total ou parcialmente, a visitantes com mobilidade reduzida.
visitasrr@valsousa.pt
+351 255 810 706
+351 918 116 488
Como chegar:
41,160537, -8,096775
Avenida da Igreja, Soalhães, Marco de Canaveses, Porto
Se vem do Norte de Portugal através da A28 (Porto), da A3 (Porto), da A24 (Chaves/Viseu), da A7 (Póvoa de Varzim) ou da A11 (Esposende/Marco de Canaveses) siga na direção da A4 (Bragança/Matosinhos). Saia para o Marco de Canaveses e continue na direção de Baião até se deparar com a sinalização da Igreja de Soalhães.
A partir do Porto opte pela A4 (Vila Real). Saia para o Marco de Canaveses e continue para Baião.
Se vem do Centro ou Sul de Portugal pela A1 (Porto) ou pela A29 (V.N. Gaia) opte pela A41 CREP (Vila Real). Escolha depois a A4 (Vila Real) e saia para o Marco de Canaveses. Continue para Baião.
Se já se encontra na cidade do Marco de Canaveses, tome a variante à estrada N211 na direção de Baião até se deparar com a sinalização da Igreja de Soalhães.