Amarante
O templo de Lufrei, situado num vale próximo à confluência de dois pequenos cursos de água, foi outrora cabeça de um pequeno instituto monástico feminino do qual já não restam vestígios.
A Igreja, secularizada em 1455, inscreve-se no chamado românico de resistência (tardio), testemunho da vernaculidade e da popularidade que aquele estilo teve entre as comunidades rurais do Norte de Portugal.
Sem decoração esculpida, a Igreja é iluminada por estreitas frestas posicionadas em pontos chave do edifício. Os cachorros de perfil quadrangular e o arranjo dos portais testemunham a sua execução tardia.
O interior foi profundamente alterado na Época Moderna. Salienta-se o retábulo-mor [altar principal], de cariz maneirista, onde se encontram preservadas as pinturas “pintadas ao antigo”, como as descreveu em 1726 o memorialista Craesbeeck.
Também os dois retábulos [altares] da nave se inscrevem neste período. Todavia, o que mais suscita curiosidade são as pinturas murais escondidas sob a cama de reboco que reveste toda a Igreja, embora sejam já visíveis alguns vestígios tanto na nave como capela-mor.
Tipologia: Igreja
Classificação: Imóvel de Interesse Público – 1971
Percurso: Vale do Tâmega
1258 - As testemunhas da Inquirição indicam familiares de Gonçalo João da Pedreira como fundadores (e padroeiros) do Mosteiro de Lufrei;
1455 - A igreja monástica é reduzida a secular pelo arcebispo D. Fernando da Guerra;
1726 - Francisco Craesbeeck descreve a Igreja com o seu "retabulo a antigua", tal qual o conhecemos hoje;
1882 - A paróquia de Lufrei transita da arquidiocese de Braga para a diocese do Porto;
1971 - Classificação da Igreja de Lufrei como Imóvel de Interesse Público;
2001 - Abandono da Igreja de Lufrei, cujo culto foi transferido para um novo templo;
2010 - A Igreja do Salvador de Lufrei integra a Rota do Românico;
2013 - Conservação geral das coberturas e restauro dos retábulos e pinturas murais da Igreja, no âmbito da Rota do Românico;
2014-2015 - Conservação geral da Igreja de Lufrei ao nível dos paramentos exteriores, portas de acesso e vãos de iluminação e ventilação, no âmbito da Rota do Românico.
Divino Salvador – 1º domingo de agosto
Por marcação
Monumento não acessível a visitantes com mobilidade reduzida.
visitasrr@valsousa.pt
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Como chegar:
41,273622, -8,054398
Rua da Igreja, Lufrei, Amarante, Porto
Se vem do Norte de Portugal através da A28 (Porto), da A3 (Porto), da A24 (Chaves/Viseu), da A7 (Póvoa de Varzim) ou da A11 (Esposende/Marco de Canaveses) siga na direção da A4 (Bragança/Matosinhos). Saia no nó de Amarante Este da A4. Siga a sinalização da Rota do Românico na direção de Amarante e depois na de Mesão Frio até encontrar a Igreja de Lufrei.
A partir do Porto opte pela A4 (Vila Real). Saia em Amarante Este e siga a sinalização da Rota do Românico no sentido de Amarante / Mesão Frio.
Se vem do Centro ou Sul de Portugal pela A1 (Porto) ou pela A29 (V.N. Gaia) opte pela A41 CREP (Vila Real). Escolha depois a A4 (Vila Real) e saia em Amarante Este. Siga a sinalização da Rota do Românico no sentido de Amarante / Mesão Frio.
Se já se encontra na cidade de Amarante, tome a estrada N15 na direção de Mesão Frio / Régua até encontrar a sinalização da Igreja de Lufrei.