Celorico de Basto
A tradição atribui a fundação de um pequeno mosteiro em Ribas pela mão dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.
Teria cabido a D. João Peculiar, arcebispo de Braga, a proteção do mosteiro, marcado pela presença do padre Dom Mendo, cujo corpo providenciaria milagres muito depois do seu falecimento, em 1170, embora tal não tenha sido documentalmente provado.
Devemos salientar a homogeneidade da Igreja de Ribas, que deve ter sido construída de uma só vez. A decoração mostra grande coerência na sua preferência pelo motivo de pérolas, que surge tanto no interior como no exterior da Igreja.
No interior, à semelhança da maioria das igrejas românicas, prevalece outro espírito, marcado pela contrarreforma e pela renovação litúrgica após o Concílio de Trento (1545-1563).
São exemplos a exuberância da talha nos retábulos [altares] e na sanefa que coroa e reveste o arco triunfal, os caixotões do teto e a balaustrada do coro.
Do conjunto merece, ainda, destaque as imagens do Santíssimo Salvador, da Virgem do Vale e da Virgem do Rosário.
Na parede fundeira da capela-mor, por detrás do retábulo-mor [altar principal], foi identificada uma importante campanha de pintura mural onde se faz representar o orago da Igreja.
Tipologia: Igreja
Classificação: Em vias de classificação
Percurso: Vale do Tâmega
Século XII - Existência provável de um eremitério onde se prestava culto ao Salvador;
1220 - Nas inquirições de D. Afonso II refere-se a Igreja de Ribas, que não pertencia ao padroado régio;
1258 - As testemunhas das inquirições de Afonso III referem que o padroado da Igreja de Ribas era de cavaleiros e certos governadores;
1269 - Data provável para a edificação da Igreja que subsiste;
1320 - A Igreja de Ribas é taxada em 350 libras para auxílio das Cruzadas;
1565 - Data que a tradição aponta para a exumação do corpo do beato D. Mendo que aqui teria sido sepultado em 1170;
1726 - O único vestígio do culto ao beato D. Mendo é o dente que se usava contra a mordedura de cães danados;
1758 - A Igreja tinha quatro altares e não se referem vestígios do claustro e/ou dependências monásticas;
1878 - Pinho Leal diz que parte do mosteiro ainda existia e que servia para residência do pároco;
1970 - São documentadas obras na Igreja a cargo da paróquia;
2000-2001 - São documentadas obras na Igreja a cargo da paróquia;
2010 - Integração da Igreja do Salvador de Ribas na Rota do Românico.
Divino Salvador – 1º domingo de agosto
Por marcação
Monumento acessível, total ou parcialmente, a visitantes com mobilidade reduzida.
+351 255 810 706
+351 918 116 488
visitasrr@valsousa.pt
Como chegar:
41,454794, -8,017345
Lugar da Igreja, Ribas, Celorico de Basto, Braga
Se vem do Norte de Portugal através da A28 (Porto) ou da A3 (Porto), siga na direção de Guimarães pela A11 ou pela A7. Saia no nó de Fafe da A7. Siga a sinalização da Rota do Românico até se deparar com a indicação da Igreja de Ribas.
A partir do Porto opte pela A3 (Braga) e depois pela A7 (Guimarães). Rume na direção de Chaves e saia no nó de Fafe da A7. Siga a sinalização da Rota do Românico até à Igreja de Ribas.
Se vem do Centro ou Sul de Portugal pela A1 (Porto) ou pela A29 (V.N. Gaia) opte pela A41 CREP (Vila Real). Depois escolha a A42 (Felgueiras) e a A11 (Felgueiras). Siga depois pela A7 (Chaves), saindo no nó de Fafe. Siga a sinalização da Rota do Românico.
Se já se encontra na vila de Celorico de Basto, rume na direção de Fermil de Basto, pela estrada N210, e depois siga a sinalização da Igreja de Ribas, pela estrada N304.