Amarante
O Mosteiro de Travanca impressiona pelas suas dimensões, sobretudo a Igreja, edificada no século XIII.
Associado à linhagem dos Gascos, a que pertencia Egas Moniz, o aio de D. Afonso Henriques, constituiu um dos mais poderosos institutos monásticos da terra de Sousa durante a Idade Média.
No exterior da Igreja, de três naves, impõe-se o portal principal, rasgado em corpo saliente, encimado por cornija sobre modilhões retangulares e ornado com mísulas [pedras salientes de apoio] em forma de cabeças de bovídeo. As arquivoltas possuem toros diédricos e nos seus capitéis estão representados aves com pescoços enlaçados, serpentes, figuras humanas emonstros que tragam homens desnudos.
O portal lateral norte mostra uma composição semelhante.
O interior é composto por diversas soluções artísticas e arquitetónicas do período medieval e posteriores.
A sacristia, cujo espírito barroco sobressai nos arcazes e pinturas do teto, assinala as grandes reformas iniciadas na Época Moderna.
Todavia, o que se sobressai no conjunto é a torre isolada, considerada uma das mais elevadas torres medievais portuguesas. O seu ar militar é puramente simbólico, destacando-se o seu portal ricamente lavrado, cujo tímpano apresenta uma original representação do Agnus Dei (Cordeiro de Deus), erguendo uma cruz patada.
Tipologia: Mosteiro
Classificação: Monumento Nacional – 1916
Percurso: Vale do Tâmega
Séculos XI-XII - Fundação do Mosteiro de Travanca;
Século XII - O Mosteiro de Travanca obtém carta de couto outorgada pelos condes D. Henrique e D. Teresa;
Século XIII - Construção da igreja;
1280-1492 - Período de governo dos abades perpétuos;
1320 - São taxados os rendimentos da igreja e Mosteiro em 1800 libras para auxiliar as Cruzadas;
1492-1565 - Período de governo dos abades comendatários;
1568 - Verificação do estado do Mosteiro, segundo uma visitação ordenada pelo cardeal D. Henrique;
1572-1834 - Período de governo dos abades de eleição trienal;
1678, maio, 17 - Data que assinala a reedificação das dependências monásticas (segundo Francisco Craesbeeck);
1720, dezembro, 10 - Data do Breve pontifício que concede privilégios ao altar da Virgem do Rosário;
1716-1813 - Período de particular atividade construtiva, reconstrutiva e investimento artístico em património mobiliário, nomeadamente ao nível dos retábulos colaterais e laterais, coro, órgãos e sacristia;
1834 - Cessação da vida monástica e subsequente nacionalização dos bens fundiários da congregação;
1916, janeiro, 27 - O Mosteiro é declarado Monumento Nacional;
1939 - Publica-se o Boletim n.º 15 da DGEMN dedicado ao projeto de reconstituição da igreja românica de Travanca;
2010 - Integração do Mosteiro do Salvador de Travanca na Rota do Românico;
2013-2014 - Conservação geral, no âmbito da Rota do Românico, das coberturas, dos paramentos e dos vãos da Igreja e da torre; trabalhos de conservação dos pavimentos da Igreja e dos vestíbulos, bem como dos madeiramentos das escadas e do pavimento da torre; remodelação do espaço de celebração, incluindo o mobiliário da Igreja e espaço do coro.
Divino Salvador – 1º domingo de agosto
Por marcação
Domingo - 08h00
Monumento não acessível a visitantes com mobilidade reduzida.
visitasrr@valsousa.pt
+351 255 810 706
+351 918 116 488
Como chegar:
41,277725, -8,192763
Rua do Mosteiro, Travanca, Amarante, Porto
Se vem do Norte de Portugal através da A28 (Porto), da A3 (Porto) ou da A24 (Chaves/Viseu), siga na direção da A4 (Bragança/Matosinhos). Saia para Felgueiras (A11) e depois para Lixa / Caíde. Siga a sinalização do Mosteiro de Travanca.
Se vem pela A7 (P. Varzim/V.P. Aguiar) ou pela A11 (Marco de Canaveses), saia no nó de Lixa / Caíde da A11.
A partir do Porto opte pela A4 (Vila Real) e saia para Felgueiras (A11). Saia em Lixa / Caíde.
Se vem do Centro ou Sul de Portugal pela A1 (Porto) ou pela A29 (V.N. Gaia) opte pela A41 CREP (Vila Real). Escolha depois a A4 (Vila Real) e saia para Felgueiras (A11). Saia em Lixa / Caíde.
Se já se encontra na cidade de Amarante, tome a estrada N15 na direção de Felgueiras. Rume a Vila Meã.