Ponte da Panchorra - Rota do Românico
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Implantada a cerca de 1000 metros de altitude, unindo as margens do rio Cabrum, a Ponte da Panchorra é um belíssimo exemplo de arquitetura vernacular [tradicional].

Ponte de dois arcos, apresenta aparelho regular nas aduelas [pedras que formam o arco] e irregular na silharia [pedras] da restante estrutura, o que pode indicar um trabalho de mestres locais ou regionais, destinado a suprir as necessidades de acesso da comunidade às suas propriedades agrícolas e silvícolas.

Nesse sentido, distancia-se em importância e técnica às suas congéneres, edificadas a jusante, nomeadamente as pontes de Ovadas, Lagariça e Nova, quase na foz do Cabrum. Não deixa, porém, de ser um exemplo de infraestrutura comunitária.

A travessia aproveita os afloramentos das margens do rio para apoiar os seus pilares, sobre os quais assenta o tabuleiro horizontal com guardas, conferindo-lhe a robustez necessária à passagem de carros agrícolas e à circulação de gado.

Embora a Panchorra seja referida já nas Inquirições [inquérito administrativo] de 1258, só no século XVI se separou do termo de Ovadas, onde se situava o antigo centro religioso da freguesia medieval.

Tornou-se, então, curato [paróquia], sendo a Ermida de São Lourenço o novo polo religioso.


Tipologia: Ponte

Classificação: Monumento de Interesse Público - 2013

Percurso: Vale do Douro

1258 - Primeira referência a Panchorra;

1288 - Documenta-se a existência de três casais na Panchorra;

1513 - O foral da Terra de Aregos já refere todos os foros pagos à coroa;

1527 - A Panchorra contava apenas 17 moradores, ou seja, entre 71 e 77 habitantes;

Antes do século XVII - Construção da Ponte da Panchorra;

1758 - De todos os párocos das freguesias do vale do Cabrum apenas o da Gralheira refere a ponte (de cantaria) da Gralheira;

2010 - Integração da Ponte da Panchorra na Rota do Românico;

2013, abril, 9 - A Ponte da Panchorra é classificada como Monumento de Interesse Público.

Situada na freguesia da Panchorra, no extremo sudoeste do concelho de Resende, em pleno planalto da serra do Montemuro e sobre o rio Cabrum, a Ponte da Panchorra foi, durante décadas, considerada uma ponte romana. A provável existência de um itinerário romano que junto dela passava terá contribuído para esta associação.

Localizada numa povoação cujas primeiras referências históricas remontam a 1258 e onde existem outras pontes de cantaria que devem a sua construção à necessidade de comunicação e comércio entre povoações vizinhas, esta Ponte deve ser entendida num contexto mais limitado a nível espacial: providenciar o acesso seguro ao termo agrícola da povoação que se estende para lá do curso do rio Cabrum.

Livre

Monumento não acessível a visitantes com mobilidade reduzida.

+351 255 810 706

+351 918 116 488

visitasrr@valsousa.pt

Como chegar:

41,013979, -7,975075

Rua da Ponte da Panchorra, Panchorra, Resende, Viseu

Se vem do Norte de Portugal através da A28 (Porto), da A3 (Porto), da A24 (Chaves/Viseu), da A7 (Póvoa de Varzim) ou da A11 (Esposende/Marco de Canaveses) siga na direção da A4 (Bragança/Matosinhos). Saia no nó de Mesão Frio/Régua da A4. Siga na direção de Mesão Frio pela N101, saindo para Gestaçô/S. Marinha do Zêzere/Resende. Rume a Resende. Siga a sinalização do Mosteiro de Cárquere e depois a da Ponte da Panchorra, pela Rota do Românico.

A partir do Porto opte pela A4 (Vila Real). Saia no nó de Mesão Frio/Régua. Siga na direção de Mesão Frio pela N101, saindo para Gestaçô/S. Marinha do Zêzere/Resende. Rume a Resende. Siga a sinalização do Mosteiro de Cárquere e depois a da Ponte da Panchorra.

Se vem do Centro ou Sul de Portugal pela A1 (Porto), saia para o IP3 (Viseu). Siga pela A24 (Vila Real) e saia em Castro Daire Norte. Rume na direção de Cinfães pela estrada N321. Siga depois a sinalização da Ponte da Panchorra.

Se já se encontra na vila de Resende, siga na direção do Mosteiro de Cárquere e depois na da Ponte da Panchorra, respeitando a sinalização da Rota do Românico.

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