Felgueiras / Lousada / Celorico de Basto / Castelo de Paiva / Paredes / Penafiel / Resende / Amarante / Cinfães / Marco de Canaveses / Paços de Ferreira / Baião - Theatre
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O teatro e as artes performativas constituem um recurso por excelência para a valorização da literatura. Sob o mote Escrita em Cena, este ciclo do Festival Inventa desafia quatro companhias artísticas ligadas à região do Douro, Tâmega e Sousa a levarem ao palco quatro espetáculos originais, num total de 28 apresentações.
A Astro Fingido, a Filandorra – Teatro do Nordeste, a Jangada Teatro e o Teatro do Montemuro, com a participação de atores amadores dos 12 concelhos da região, revisitam a vida e a obra literária de Daniel Faria, Teixeira de Pascoaes, Leonardo Coimbra e Soeiro Pereira Gomes, entre outros. A entrada é livre.
Escrita em Cena - AGENDA
- A noite sempre ao meu lado [M/12] | Astro Fingido:
A noite sempre ao meu lado é um diálogo com a vida e a obra de Daniel Faria (1971-1999). Escritor maior da poesia contemporânea portuguesa, monge, crente, enigma, Daniel Faria tem fascinado leitores, escritores e estudiosos. Nesta peça de teatro, entre o riso e o mistério, a ficção e o biográfico, o erudito e o popular, procura-se perguntar quem foi Daniel Faria, através daquilo que de mais precioso nos legou - as suas próprias palavras - para assim chegar ao cerne do que foi a sua poesia, a sua vida e a sua fé (ver spot e ficha técnica).
16 set, sex, 21h30, Paredes, Casa da Cultura;
18 set, dom, 16h00, Felgueiras, Casa da Cultura da Lixa;
24 set, sáb, 21h30, Paços de Ferreira, Biblioteca Municipal Prof. Vieira Dinis;
30 set, sex, 21h30, Castelo de Paiva, Auditório Municipal;
02 out, dom, 16h00, Penafiel, Junta de Freguesia de Canelas;
04 out, ter, 21h30, Lousada, Salão Paroquial de Sousela;
28 out, sex, 21h30, Penafiel, Casa da Cultura de Galegos.
- Marânus… a lírica aventura da alma solitária de Pascoaes [M/12] | Filandorra – Teatro do Nordeste:
Com base em excertos de Marânus, de Teixeira de Pascoaes (1877-1952), este espetáculo evoca o “panteísmo de Pascoaes”, a "lírica aventura da alma solitária” extasiada diante da Natureza transtornada pelo desejo e culminando num “canto único onde o inferno e o paraíso de que somos feitos misturam o seu fogo e a sua água eternos”. O fio condutor assenta na personagem de Teixeira de Pascoaes que dialoga com as “figuras” que fizeram parte da sua vida do nascimento até à morte – a família (pai, mãe, sobrinhos…), os amigos do tempo de escola e universidade, os amores e desamores, e a eterna Eleanor… a partir do seu próprio testemunho expresso na sua prosa e poesia.
Este projeto cénico tem configuração de uma instalação poética/dramática onde a componente plástica, metaforicamente materializada num grande manto/véu/serra que configura um espaço de encontro entre a poesia dramatizada de Pascoaes “dita” pela voz e corpo dos atores numa empatia com os espetadores presentes (ver spot e ficha técnica).
16 set, sex, 21h30, Cinfães, Auditório Municipal;
17 set, sáb, 21h30, Baião, Auditório Municipal;
18 set, dom, 16h00, Marco de Canaveses, Emergente - Centro Cultural;
23 set, sex, 21h30, Celorico de Basto, Centro Cultural Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa;
24 set, sáb, 21h30, Amarante, Centro Cultural Maria Amélia Laranjeira;
25 set, dom, 16h00, Resende, Auditório Municipal;
05 out, qua, 16h00 Penafiel, Biblioteca Municipal.
- A diferença de ser português [M/12] | Jangada Teatro:
Um orador, um professor, um filósofo... qual dos três é mais verdadeiro no homem inteiro? Em qual dos três se encontra um revolucionário idealista? Sentar-se-ão os três à mesa? E qual estará mais próximo de si, em si mesmo?! Qual dos três não quererá para o outro um pouco mais de liberdade para pensar?! Leonardo Coimbra (1883-1936) é um homem que viveu, pensou e agiu no seu tempo. Um incitador de consciências instruídas e livres e um criador ativo de um mundo que se vai (re)fazendo (ver spot e ficha técnica).
17 set, sáb, 21h30, Lousada, Cais Cultural de Caíde de Rei;
25 set, dom, 16h00, Penafiel, Casa do Xiné, Quintandona, Lagares;
01 out, sáb, 21h30, Felgueiras, Escola Secundária da Lixa;
04 out, ter, 21h30, Paços de Ferreira, Associação de Socorros Mútuos Freamundense;
07 out, sex, 21h30, Penafiel, Museu Municipal;
08 out, sab, 21h30, Castelo de Paiva, Auditório Municipal;
23 out, dom, 16h00, Paredes, Fundação A Lord, Lordelo (reserva de lugares: T 224 447 357 - 932 131 955, geral@fundacaoalord.pt).
- Socalcos [M/12] | Teatro do Montemuro:
Quem construiu os socalcos do vinho do Porto? Foram os Titãs, respondem alguns, recorrendo à Mitologia. Outros dizem de forma talvez vaga que foi o Homem. Outros ainda, mais prosaicos, afirmam sem hesitar que foram os socalqueiros. Nós não avalizamos nenhuma das três respostas, mas respeitamos e registamos todas. E para ajudar a uma melhor resposta, recorremos a um conto de Soeiro Pereira Gomes (1909-1949) que fala no trabalho brutal e maravilhoso que foi a edificação desses mesmos socalcos. Quem construiu os socalcos do Douro? Foi também a pergunta recorrente do Barão de Forrester (1809-1861), durante as repetidas incursões topográficas que empreendeu, até desenhar o monumental Mapa do Douro Portuguez e Paiz Adjacente.
O espetáculo Socalcos acompanha uma dessas viagens pelo interior de entre Douro e Minho, com personagens tão inesperadas como o jovem Serpa Pinto (1846-1900), também ele amante da topografia, o salteador Zé do Telhado (1818-1875), também ele amigo dos solares ricos da região, o Abade de Jazente (1719-1789), recordado em alguns dos seus poemas, e, como personagem principal, a gente do povo das paragens do Douro, Tâmega e Sousa. A música e a culinária, claro, são sempre companhia durante o percurso. As peripécias da viagem são narradas pelo homem que veio a salvar a Ferreirinha (1811-1896) da ira das águas do rio, no naufrágio onde morreu “a Gertrudes, um thesouro que a voragem engoliu”, nas palavras do seu amigo Camilo Castelo Branco (1825-1890) (ver spot e ficha técnica).
30 set, sex, 21h30, Baião, Auditório Municipal;
01 out, sáb, 21h30, Marco de Canaveses, Emergente - Centro Cultural;
02 out, dom, 16h00, Celorico de Basto, Centro Cultural Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa;
04 out, ter, 21h30, Resende, Auditório Municipal;
07 out, sex, 21h30, Amarante, CineTeatro Raimundo Magalhães;
08 out, sáb, 21h30, Cinfães, Auditório Municipal;
09 out, dom, 16h00, Penafiel, Museu Municipal.
O ciclo Escrita em Cena, integrado no Festival Inventa, é cofinanciado pelo Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), ao abrigo da operação Escrita em Cena - Programação Cultural em Rede do Tâmega e Sousa.
Para além da Rota do Românico, esta operação inclui também como parceiros a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, a Associação de Municípios do Baixo Tâmega e o Município de Penafiel.
O Inventa dinamiza, desde maio de 2021, uma vasta programação cultural em rede, numa área geográfica correspondente a 14 municípios: Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Mondim de Basto, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.
Já foram realizados (ou estão em curso), no âmbito do Festival Inventa, os projetos Travessia do Rio (29 maio 2021), Ciclo de Música ao Luar (junho e julho 2021), Filarmonia (Re)visitada (novembro 2021 e fevereiro 2022), Música em Comunidade (5 março 2022), Ciclo de Circo Contemporâneo no Património (março 2022), Ciclo de Performance Visual Musicada (abril 2022), Em Cena para a Família (maio e junho 2022), A Festa - Projeto comunitário intermunicipal (maio), Música em Cena (maio a julho 2022), Escrita Guiada (maio a outubro 2022) e Escrita d'Aqui (junho a dezembro 2022).